No dia em que os inspetores que recolheram indícios sobre o alegado ataque com armas químicas na Síria chegaram a Roterdão, a ONU lembrou que ainda há mil funcionários das Nações Unidas em território sírio.
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A ONU rejeitou a ideia de que retirou os inspetores que se encontravam na Síria para permitir, de alguma maneira, uma intervenção militar ocidental.
Citado pela agência Reuters, o porta-voz das Nações Unidas considerou que esta ideia é «grotesca» e é uma «afronta» para o pessoal da ONU que continuam no terreno.
Martin Nesirky recordou que ainda se encontram na Síria mais de mil funcionários ao serviço da ONU, que estão a prestar ajuda humanitária apesar da situação muito crítica no país.
Os inspetores da ONU que recolheram durante alguns dias indícios e testemunhos sobre um alegado ataque com armas químicas nos arredores de Damasco a 21 de agosto chegaram, este sábado, a Roterdão vindos de Beirute.
O porta-voz da Organização para a Interdição das Armas Químicas, ligada à ONU e que está sediada na Holanda, explicou que as amostras recolhidas pelos inspetores vão ser enviadas para cerca de seis países em todo o mundo, que não estejam implicados politicamente na questão síria.
Citado pela agências internacionais, Michael Luhan indicou ainda que as amostras de solo, ar e sangue vão ser divididas em duas partes, sendo que cada uma delas será enviada para dois laboratórios diferentes para garantir a fiabilidade dos resultados.