O professor de Direito Comunitário, Manuel Carlos Porto, disse que lamenta que a União Europeia não tenha aquilo que havia no tempo de Jacques Delors, ou seja, um «orçamento à medida das nossas ambições».
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O professor Manuel Carlos Porto considera que o orçamento europeu para 2014 a 2020 é pouco ambicioso e configura mesmo uma «diminuição enorme» em relação à proposta de Durão Barroso em 2011.
Em declarações à TSF, este docente de Direito Comunitário da Universidade de Coimbra lembrou os «desafios cada vez maiores, os desequilíbrios na Europa, a entrada de novos países e o desafio da globalização».
«Faz saudades o presidente Jacques Delors, quando eu lá estava e era vice-presidente dos orçamentos, em que o lançamento era 1,24 por cento» dos PIB dos países europeus, contra menos de um por cento agora.
Manuel Carlos Porto lembrou que «por formação ideológica até é contra orçamentos grandes», mas há «o mínimo dos mínimos».
Este professor entende ainda que «Portugal conseguiu nalguns casos sensíveis ganhos de causa, como os mil milhões e o apoio para a agricultura».
«Agora, lamento que a União Europeia não tenha aquilo que o Jacques Delors disse no meu tempo, que era ter um orçamento à medida das nossas ambições», concluiu.