Os combates entre militares da União Africana e rebeldes que controlam parte de Mogadiscio podem ameaçar a continuidade da ajuda humanitária à Somália que começou na quarta-feira.
Corpo do artigo
O Programa Alimentar Mundial receia que os intensos combates que começaram esta quinta-feira na Somália venham a ameaçar a ponte aérea de distribuição de ajuda que começou na quarta-feira à tarde.
Com a pior seca dos últimos 60 anos na Somália e com a eclosão dos combates entre militares da União Africana e os rebeldes que controlam parte da capital Mogadiscio, o PAM teme que não seja dada continuidade à ajuda humanitária possa ser interrompida.
Em declarações à TSF, a porta-voz do PAM no Quénia explicou que há cerca de mil refugiados somalis por dia que estão a tentar chegar a campos no norte do Quénia em busca de comida.
«As pessoas chegam no estado de extrema má nutrição. Caminharam durante dias para chegarem a estes campos, têm filhos doentes que precisam de apoio e comida. A situação é esta e repete-se todos os dias», adiantou Stephanie Savariaud.
Perante a actual situação, «é importante que a comunidade internacional dê mais dinheiro», numa altura em que o «PAM precisa de 300 milhões de dólares para os próximos seis meses».
«É aqui que está a urgência. É importante que as contribuições financeiras cheguem depressa», concluiu a porta-voz do PAM sobre esta região do mundo, onde cerca de 12 milhões de pessoas estão ameaçadas pela fome.