O parlamento da Crimeia aprovou hoje uma resolução a declarar-se independente da Ucrânia e pediu oficialmente a anexação da península à Rússia.
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Depois do resultado do referendo de domingo, os 85 deputados do Parlamento da Crimeia aprovaram por unanimidade a independência em relação à Ucrânia e pediram oficialmente a anexação à Rússia.
Ainda hoje, uma delegação da Crimeia viaja até Moscovo para discutir os termos da anexação.
Antes disso, três medidas foram já anunciadas: primeiro, a nacionalização de todos os bens da Ucrânia. Segundo, o desmantelamento das unidades militares ucranianas na Crimeia que vão, no entanto, poder continuar na região. E em terceiro, a Crimeia passa a ter o mesmo fuso horário de Moscovo, em vez do de Kiev, que seguia até hoje.
Na resposta, o Parlamento em Kiev deu luz verde ao pedido do presidente interino. Oleksandr Tourtchinov tinha falado no agravamento da situação, dizendo que o referendo foi uma grande farsa.
275 deputados votaram a favor do pedido do presidente, para a mobilização de 40 mil militares reservistas que vão ser integrados nas Forças Armadas e na Guarda nacional.
Ontem, o primeiro ministro da Ucrânia tinha já anunciado a criação de um fundo de reserva para modernizar as tropas, sobretudo junto à fronteira. Arseni Iatseniuk prometeu que a terra vai arder debaixo dos pés dos separatistas da Crimeia.
No domingo, 96,6% dos eleitores na Crimeia votaram a favor da integração na Rússia. O referendo é considerado ilegal pelas novas autoridades de Kiev e pela maioria da comunidade internacional. Só Moscovo defende que se trata de uma consulta «legítima».