O PCP entende que o presidente do Parlamento Europeu produziu declarações que representam uma intromissão em questões de soberania do Estado português. O Bloco de Esquerda fala em «enorme ignorância» de Martin Schulz.
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O eurodeputado comunista João Ferreira considerou «inaceitáveis» as declarações do presidente do Parlamento Europeu, em que Martin Schulz criticou a aposta portuguesa no investimento angolano.
«São declarações sobre um Estado independente e soberano que intrometem em questões de soberania do Estado português. De alguma forma, são reveladoras do ponto a que chegou este processo de integração», adiantou.
Ouvido pela TSF, este deputado eleito pelo PCP entende ainda que as declarações de Martin Schulz revelam também o «grau de ingerência e de intromissão em assuntos internos de Estados independentes e soberanos a que assistimos».
Opinião idêntica tem a eurodeputada bloquista Marisa Matias, que considera mesmo que Martin Schulz revela uma «enorme ignorância» com estas declarações «graves, sendo ele o presidente do Parlamento Europeu».
«Se tiver em conta, que Portugal tem 80 por cento das suas exportações para o mercado interno europeu, estando a Europa em crise da forma que está e sujeita à austeridade como está, é óbvio que se tem de procurar alternativas, independentemente da opinião que ele tenha ou que o meu partido possa ter sobre op regime angolano», concluiu a parlamentar do Bloco de Esquerda.