Ontem à noite, a polícia turca voltou a recorrer a canhões de água e a gás lacrimogéneo para dispersar os protestos. É já o quinto dia de confrontos no país em manifestações à escala nacional.
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Manifestantes disseram à agência noticiosa AFP que a ação da polícia foi a resposta a ataques com pedras e tábuas.
A polícia utilizou canhões de água e gás lacrimogéneo para dispersar as pessoas que se juntaram no bairro de Besiktas, na praça Taksim, em Istambul, onde milhares de manifestantes permanecem concentrados.
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Há notícia de protestos em várias outras zonas de Istambul e também em Ankara. Na capital da Turquia, perto da sede do governo, a polícia anti-motim disparou balas de borracha contra jovens que responderam com pedras.
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Na segunda-feira foi anunciada a primeira morte desde o início da violência. A união dos médicos da Turquia diz que se trata de um homem, atropelado por um automóvel, que ignorou os avisos para abrandar devido à proximidade de uma manifestação.
Indiferente aos pedidos para que se demita, o primeiro-ministro começou em Marrocos uma viagem de quatro dias pelo Norte de África.
Antes de partir, Recep Tayyip Erdogan disse aos jornalistas que os incidentes dos últimos dias não significam nenhuma primavera turca.
O chefe do governo de Ankara culpou as redes sociais e em particular o Twitter, consideradas como muito perigosas para a sociedade.
Erdogan repetiu que os manifestantes estão a ser manipulados por extremistas com ligações ao estrangeiros.