O presidente dos EUA considerou que nada justifica o uso excessivo da força da polícia nesta cidade do Missouri numa altura em que continua a não se saber as circunstâncias em que o jovem Michael Brown foi morto.
Corpo do artigo
A polícia voltou a lançar gás lacrimogéneo para dispersar cerca de 200 manifestantes na cidade de Ferguson, no Missouri, onde um jovem foi baleado pelas autoridades a 9 de agosto.
Depois de um longo frente-a-frente entre manifestantes e polícia sem violência durante a noite, os agentes viram-se obrigados a dispersar vários grupos de manifestantes que acataram uma ordem de desmobilização.
Os agentes anti-motim, apoiados por um carro blindado e um helicóptero, acabaram depois por fazer algumas detenções numa noite em que não houve recolher obrigatório.
Antes destes confrontos, o presidente dos EUA considerou que nada justifica o uso excessivo da força da polícia nesta cidade do Missouri numa altura em que continua a não se saber as circunstâncias em que o jovem Michael Brown foi morto.
«Não há desculpa para o uso de uma forma excessiva da polícia ou qualquer ação que negue o direito de as pessoas protestarem pacificamente», acrescentou Barack Obama, que disse que tem de usar de grande prudência em relação a este caso.
Obama, que entende que nada justifica o vandalismo, adiantou ainda que aqueles que recorrem à violência só estão a contribuir para aumentar a tensão, o que prejudica a justiça.
O contingente de segurança em Ferguson foi reforçado com 200 militares da Guarda Nacional, incluindo atiradores especial.
Entretanto, o chefe da polícia de Ferguson confirmou que duas pessoas foram atingidas por balas, mas garantiu que os tiros não partiram das autoridades, mas do «grupo de manifestantes».
Ron Johnson assegurou ainda que o valor maior é a segurança de todos. «Não quero que ninguém se aleije nem agentes nem cidadãos», acrescentou o chefe da polícia de Ferguson, que diz que é preciso parar a violência.