O candidato à reeleição nas presidenciais francesas de domingo, pediu hoje, no Dia do Trabalhador, aos sindicatos, que «pousem a bandeira vermelha e sirvam a França».
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A falar, segundo a organização, para cerca de 200 mil pessoas, na praça do Trocadero, com vista para a torre Eiffel, o Presidente cessante, que as sondagens colocam atrás do socialista François Hollande, destacou o «valor trabalho», que vem defendendo ao longo da campanha.
«Pousem a bandeira vermelha e sirvam a França», disse, dirigindo-se aos sindicatos, que hoje também saíram à rua, e que apoiam a candidatura do seu adversário no domingo.
Nicolas Sarkozy pediu-lhes que olhem mais para os trabalhadores e menos para a política: «Não ouvi senão 'slogans' políticos nos cortejos sindicais. Deixem as bandeiras vermelhas, os partidos e defendam os assalariados e o trabalho», afirmou.
O candidato do centro-direita, que instalou a polémica neste Dia do Trabalhador por ter afirmado que pretendia organizar uma festa do «verdadeiro trabalho», contra o «assistencialismo», partiu da ideia de que hoje, ali, discursava "debaixo da bandeira tricolor da França" para continuar um discurso sobretudo nacionalista, de cerca de 40 minutos.
À multidão falava, disse, o candidato «do povo da França». Sarkozy colocou a tónica na defesa do valor do trabalho, na necessidade de um novo modelo social para o país, e no imperativo de defender «as raízes cristãs» da nação.
«Quero proteger o trabalho. O capitalismo dos empresários deve substituir o capitalismo financeiro», afirmou, acrescentando que a França precisa de «um novo modelo social, onde o trabalho seja enriquecido pela formação profissional».
Sarkozy defendeu ainda um país «onde o sucesso não seja olhado com suspeição, onde cada um possa beneficiar do resultado do seu esforço e onde o património seja uma recompensa do trabalho».