Gás está quase sete vezes mais caro do que no ano passado. Governos da Bulgária e da Polónia já reagiram e deixaram uma mensagem de tranquilidade.
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A decisão russa de cortar o gás à Polónia e à Bulgária já está a ter impacto nos mercados europeus. O preço do gás aumentou 24% e é já o mais elevado este mês. Está agora quase sete vezes mais caro do que no ano passado. Um aviso dos russos aos europeus, que dizem estar seriamente empenhados em acabar com a dependência da energia russa num momento em que se vive um impasse no que toca ao pagamento dos combustíveis.
Entretanto, os governos da Bulgária e da Polónia deixaram uma mensagem de tranquilidade. Anna Moskwa, a ministra polaca do Ambiente, avançou que o país tem reservas suficientes neste momento. Os depósitos de armazenamento estão a 76% de capacidade, por isso não irá faltar gás nas casas polacas.
O país vai também avançar muito em breve com o projeto de construção de um gasoduto no Báltico, essencial para acabar de vez com a dependência energética da Rússia.
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O grupo russo Gazprom anunciou esta quarta-feira que suspendeu todas as suas entregas de gás à Bulgária e à Polónia, dois países membros da União Europeia, por não terem feito o pagamento em rublos.
Em comunicado, a Gazprom disse que notificou a empresa búlgara Bulgargaz e a empresa polaca PGNiG da "suspensão das entregas de gás a partir de 27 de abril e até que o pagamento seja feito em rublos".
Entretanto a empresa de gás polaca PGNiG já confirmou a suspensão do fornecimento de gás natural pela Gazprom.
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A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,16 milhões para fora do país, ainda de acordo com a organização.