Antonis Samaras disse que a violência não fará sucumbir a democracia, numa reação à morte de dois membros do partido de extrema-direita Aurora Dourada, na sequência do assassínio de um músico antifascista.
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«Não permitiremos que a violência criminal faça sucumbir a democracia, independentemente das circunstâncias», considerou Samaras, em declarações à cadeia televisiva Mega, em resposta aos receios de uma vingança política. «Perseguiremos os responsáveis sem descanso», acrescentou.
Na sexta-feira, dois homens armados e que se deslocavam de moto assassinaram a tiro dois membros da Aurora Dourada e feriram com gravidade um terceiro membro do partido, num ataque junto a uma sede do partido nos subúrbios de Atenas.
O atentado fez aumentar os receios de uma nova vaga de violência na sequência do assassínio, em setembro, de um músico antifascista por um membro da Aurora Dourada.
O atentado de sexta-feira não foi reivindicado e a brigada antiterrorista da polícia grega admitiu que ainda não identificou os seus autores.
Samaras advertiu que os gregos necessitam manter-se unidos para enfrentar a persistente crise económica, três anos após o início do primeiro resgate patrocinado pela 'troika' de credores internacionais e que evitou uma iminente rutura financeira, mas acompanhado por um drástico programa de austeridade.
O primeiro-ministro definiu o duplo assassínio como «um fósforo que se acende numa loja de pólvora», e num momento em que a Grécia enfrenta «tantos outros fogos, [fogos] económicos».
«É necessária a severidade do Estado e um ambiente de unidade», insistiu o chefe do Governo de coligação grego.