Milhares juntaram-se nas ruas de Ramallah para um protesto contra a ocupação israelita.
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Sexta-feira é dia de oração na Cisjordânia. Em Ramallah, próximo do centro de oração na praça principal da cidade, que é também sede da Autoridade Palestiniana, ao final da manhã (10h em Portugal continental) começam a notar-se os preparativos também para um protesto.
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A mesquita mais perto fica a algumas centenas de metros. O vento não está a favor e, por isso, não se ouviram os muezins a fazerem a chamada para a oração, mas foram pontuais. Às 12h00 em ponto começaram essas chamadas para a oração e, como se de uma coreografia se tratasse, começaram a aparecer grupos de homens, muito bem organizados, em direção a essa mesquita.
Na praça, costumam começar os grandes protestos de sexta-feira e a polícia vai tomando posições. Há jornalistas de televisões internacionais que já colocaram as câmaras dentro da Praça dos Leões, que tem um gradeamento metálico e ser o sítio mais seguro para trabalhar.
Depois das orações, milhares de pessoas foram juntando-se aos poucos a maioria na praça dos Leões.
Há muitas mulheres e crianças, algo que não se vê na maioria das manifestações. As mulheres seguem na cauda do desfile, na última fila de manifestantes, enquanto as crianças se vêm um pouco por todo o lado.
Não é perigoso trazer crianças para um protesto como este, garante uma mulher à TSF. Pelo contrário, diz, elas têm que aprender a conhecer e sentir o sítio onde vivem.
Os manifestantes gritam palavras de ordem e agitam bandeiras. Outros usam faixas verdes atadas à cabeça. Depois de várias voltas à praça dos leões o protesto segue por uma das ruas laterais. Se suceder como em outras sextas-feiras, dirige-se a um colonato israelita próximo, protegidos pelo exército Israel.