Representantes da União Europeia e vários países defendem sanções contra responsáveis pela violência. A Rússia garante que não vai interferir mas pede à oposição que «pare o banho de sangue». Entretanto, o presidente ucraniano decretou um dia de luto nacional para amanhã.
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Durão Barroso pede o fim do conflito e o regresso ao diálogo, mas sublinha que espera medidas urgentes da União Europeia (UE), contra os responsáveis pela violência na Ucrânia.
O presidente da Comissão Europeia apela «aos dois lados para que terminem imediatamente com a violência e iniciem o diálogo, em resposta às aspirações democráticas dos ucranianos».
A alta representante da UE, Catherine Ashton, já tinha admitido sanções contra os responsáveis pela repressão e anunciou uma reunião de emergência dos ministros dos negócios estrangeiros da UE que vai acontecer amanhã, em Bruxelas.
No campo diplomático, a Polónia foi a primeira a defender sanções pessoais e financeiras. O primeiro-ministro Donald Tusk diz que hoje é o dia, chegou o momento de impor sanções contra Kiev.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros da Suécia defende castigos, afirmando que Vitor Ianoukovitch tem sangue nas mãos. A responsabilidade final pelas mortes e violência é do presidente ucraniano, diz o chefe da diplomacia sueco.
Em Paris, o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, vai encontrar-se com a Alemanha e já admitiu que podem ser decididas sanções individuais contra os que promovem a violência.
Já a Rússia mantém que não vai inteferir na crise ucraniana. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Moscovo denuncia uma tentativa de golpe de Estado e promete usar toda a influência para trazer de volta a paz a Kiev. O ministro russo exigiu ainda à oposição ucraniana que «pare o banho de sangue» em Kiev.
O porta-voz do presidente russo disse também hoje que Vladimir Putin «nunca deu nem vai dar conselhos ao seu homólogo ucraniano sobre o que fazer ou não fazer, e não tem intenções de o fazer no futuro».
Na capital ucraniana, os serviços secretos anunciaram a abertura de um inquérito sobre a tentativa ilegal da tomada de poder e Viktor Ianoukovitch decretou um dia de luto nacional para amanhã.