Pelo menos 25 pessoas morreram terça-feira nos confrontos entre manifestantes e autoridades em Kiev, capital da Ucrânia, revelou hoje o Ministério da Saúde, em comunicado.
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Além das vítimas mortais, outras 241 pessoas foram hospitalizadas, incluindo 79 polícias e cinco jornalistas, acrescenta a nota.
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Os acontecimentos de terça-feira em Kiev foram referidos pelo Presidente Víktor Yanukóvich como o «ultrapassar dos limites» pela oposição, que apelou ao uso de armas para enfrentar as forças da ordem.
«Os líderes da oposição têm vindo a negligenciar o princípio da democracia onde o poder é obtido em eleições e não na rua», começou por dizer Viktor Ianoukovitch. O chefe de Estado acrescentou que a oposição tinha ultrapassado os limites «ao chamarem a população para pegar em armas».
O Presidente ucraniano disse ainda ser uma «flagrante violação» apelar à violência e às armas pelo que os seus responsáveis «serão levados perante a justiça».
Ao mesmo tempo que Ianoukovitch falava, a polícia voltava a carregar contra os milhares que estavam concentrados na praça principal, Maidan.
Contactado esta manhã pela TSF, Andryi Voloshyn, membro da oposição, contou que muitas pessoas tiveram de saltar pela janela, para tentar escapar à ação da polícia.
Centenas de pessoas dirigem-se a Kiev, há relatos de que dois polícias terão sido mortos quando tentavam bloquear a entrada dos manifestantes na cidade. Um jornalista foi morto por radicais quando seguia num táxi, com colegas.
O vice-presidente dos Estados Unidos telefonou na última noite ao presidente da Ucrânia. Joe Biden contactou Viktor Ianoukovitch aconselhando-o a dar ordem de retirada das forças de segurança das ruas de Kiev e sublinhando a urgência de um diálogo imediato.
Washington não esconde que está preocupada com os últimos acontecimentos, condenando o uso de violência, que fizeram mais de duas dezenas de mortos em apenas um dia.
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