Balanço do número de vítimas permanece incerto. Os confrontos alastraram à cidade de Lviv, onde cerca de 500 manifestantes tomaram de assalto o Governo regional.
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Permanece em em aberto o balanço de vítimas dos confrontos ocorridos na Ucrânia esta terça- feira.
A televisão Russia today e a agência Reuters atualizam o balanço de mortos para 18, entre polícias e civis. O governo ucraniano fala também de 159 polícias feridos, 35 dos quais gravemente, enquanto a oposição aponta para pelo menos 150 manifestantes feridos, dos quais 30 com gravidade.
Os média ucranianos, citados pela agência Reuters, dão conta do fim do encontro entre o líder da oposição ucraniana, Vitali Klitschko, com o presidente Viktor Yanukovich. Os dois estiveram reunidos mais de uma hora mas as conversações chegaram ao fim sem que fosse alcançada uma solução para pôr fim à violência.
Pela Internet continuam a ser transmitidas imagens a partir de Kiev: vê-se uma cidade a fumegar, com imagens de silhuetas em movimento constante e onde o vermelho vivo das chamas contrasta com o negro da noite cerrada.
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O mais recente desenvolvimento dos confrontos dá conta de um grande incêndio no quartel-general dos manifestantes antigoverno na Praça da Independência, em Kiev.
De acordo com o relato da agência de notícias, havia fogo a sair pelas janelas do edifício usado pelos opositores como uma das suas principais bases.
Em Kiev, as autoridades procuram retomar por completo a Praça da Independência, onde estão concentrados os manifestantes antigovernamentais.
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Segundo o testemunho de jornalistas da agência France Presse, as forças de segurança ucranianas utilizaram três blindados munidos com canhões de água para entrar na praça e tentar dispersar os manifestantes antigovernamentais. Os ativistas ripostaram com 'cocktails molotov'.
Várias tendas instaladas na praça, ocupada há quase três meses pelos ativistas e um dos principais focos da contestação contra o Presidente Viktor Ianukovich, começaram a arder.
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Momentos antes da entrada das forças policiais na Praça da Independência, o procurador-geral Viktor Pchonka ameaçou com penas «muito duras» aqueles que «incitaram» e «lideraram» a vaga de violência que abala a capital ucraniana.
Manifestantes invadem Governo e polícia em Lviv, reduto nacionalista na Ucrânia
A violência alastrou entretanto à cidade de Lviv, reduto nacionalista no oeste da Ucrânia, onde manifestantes tomaram de assalto o Governo Regional e a sede da polícia, noticiou a agência France Presse.
Cerca de 500 opositores atiraram pedras em direção à administração regional, onde depois entraram sem encontrar resistência.
Uma centena de protestantes tomou, depois, de assalto o edifício da polícia regional.