O comandante dos rebeldes sírios afirmou, este domingo, que não há alternativa ao uso da força para derrubar o regime do presidente, no mesmo dia em que a oposição do país pediu o regresso do apoio internacional.
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Entre o movimento que luta há quase um ano pelo afastamento do líder sírio cresce agora o receio do aumento da repressão militar, depois da Rússia e da China terem vetado nas Nações Unidas uma resolução que pretendia ajudar a resolver o conflito no país.
Enquanto os países ocidentais procuram agora uma estratégia alternativa à resolução rejeitada no Conselho de Segurança da ONU, a secretária de Estado norte-americana, Hilary Clinton, apelou aos «amigos da Síria democrática» para se unirem e avançarem contra o regime de Assad.
A agência noticiosa norte-americana Associated Press diz que as palavras da chefe da diplomacia dos Estados Unidos sugerem um apelo à organização formal de um grupo de nações para coordenar a ajuda à oposição síria.
Os adversários do regime ditatorial de Damasco têm vindo a apelar ao apoio económico e político direto dos países estrangeiros depois da rejeição na ONU do plano dos países árabes para acabar com a violência no país.
Hilary Clinton considerou os vetos russo e chinês como «uma farsa». «Perante um Conselho de Segurança impotente, temos que redobrar os esforços fora das Nações Unidas», disse Clinton aos jornalistas em Sofia, na capital da Bulgária.
Estas reações ocorrem num momento em que oposição e governo aumentam as ameaças e se inicia uma nova fase no conflito que poderá degenerar numa guerra civil.
Em novos relatos de violência ocorrida este domingo, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos anunciou que tropas do regime e desertores se confrontaram nas províncias de Idlib, no noroeste do país, e de Daraa, no sul, causando nove mortos entre o exército.