Dos milhões de JK Rowling, pelo não, ao charme de Sean Connery, pelo sim, a independência da Escócia também divide os famosos.
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Entre os que desejam a separação do Reino Unido,o mais carismático de todos os 007 é um activista de longa data. Apesar de ostentar o título de Sir da coroa britânica, há muito que Sean Connery defende a emancipação total dos escoceses.
O actor diz que a campanha pelo sim tem tido o mérito de construir uma visão positiva da Escócia «ela assenta numa ideia de inclusão, de igualdade e de apego ao valor democrático de que os escoceses são os melhores guardiões do seu próprio futuro».
Outro três rostos conhecidos do grande ecrã, Brian Cox, Gerard Butler e Alan Cumming- que vivendo haitualmente em Nova Iorque, até comprou um apartamento em Edimburgo para poder votar-, estão também do lado do sim.
Do lado do não, há gente famosa das letras, do futebol e da canção.
Susan Boyle, a voz-fenómeno revelada pelo concurso "Britain`s got talent", é contra a separação do Reino Unido «acredito firmemente que a Escócia deve continuar como está. Eu sou uma patriota orgulhosa e apaixonada pelas minhas raízes, mas não sou uma nacionalista.»
Por ser filha de mãe escocesa, a escritora JK Rowling decidiu tomar partido neste processo. A autora de "Harry Potter" doou um milhão de libras à campanha pelo não. Rowling explicou no site pessoal porque o fez «não ponho em causa o povo escocês e a sua capacidade de alcançar feitos notáveis, mas os desafios que se lhe apresentam neste tempo são demasiado grandes para dar esse passo».
Alex Ferguson, o histórico treinador escocês do Manchester United, também está contra a independência «oitocentos mil escoceses como eu vivem e trabalham noutras partes do Reino Unido. Não vivemos num país estrangeiro; estamos só noutra região de uma grande família».
Pelo sim, pelo não e pelo...nim. Também há entre as celebridades quem não tenha optado por um lado ou outro. É o caso de Andy Murray. O tenista escocês, que em 2012 deu o ouro olímpico ao Reino Unido, e que no ano seguinte venceu o torneio de Winbledon, foi questionado este verão sobre o tema. Mas atirou à rede, a reposta foi «primeiro tenho de ler mais sobre o assunto».
Annie Lennox também tem dúvidas. A escocesa, antiga vocalista dos Eurythmics, escreveu no Facebook «há uma coisa que sei. Esta não é uma decisão que possa ser tomada de ânimo leve, ou a reboque de emoções patrióticas. Os escoceses tem de ponderar muito bem o que vão fazer, porque o peso da opção vai cair-lhes sobre os ombros».