A reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre os conflitos na Ossétia do Sul terminou, esta sexta-feira, sem acordo. À TSF, o general Lourenço dos Santos disse que o início do conflito na região independentista foi um «erro estratégico» da Geórgia e dos EUA.
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A reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre os intensos conflitos na região independentista da Ossétia do Sul terminou, esta sexta-feira, sem acordo.
«Após consultas bilaterais, preparámos um projecto de declaração», mas «certos membros necessitam de mais tempo», sublinhou o presidente rotativo do Conselho, o embaixador belga Jan Grauls, acrescentando que os líderes vão reunir-se novamente este sábado.
Entretanto, o governo georgiano começou a evacuar alguns edifícios oficiais da capital Tbilissi, porque teme os bombardeamentos iminentes por parte da aviação russa no local.
Em declarações à TSF, o general Lourenço dos Santos, especialista em estratégia militar, considerou esta operação, iniciada com o avanço militar das forças georgianas na Ossétia do Sul, um «erro estratégico» tanto do executivo da Geórgia como dos Estados Unidos.
Para o general Lourenço dos Santos, a Geórgia quis aproveitar a abertura dos Jogos Olímpicos, sexta-feira, para «fazer a recuperação do seu domínio» sobre a Ossétia do Sul.
Por seu lado, a Rússia aproveitou o facto de nenhuma grande potência poder arriscar agora uma guerra com as forças russas e retorquiu, acrescentou.
O especialista prognosticou ainda que a Rússia vai ter uma «vitória rápida» na região e que provavelmente vai continuar a avançar militarmente pela Geórgia.