O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, disse hoje que Moscovo «respeitará os resultados do povo ucraniano» que no domingo elegeu como chefe de Estado Petro Poroshenko.
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«Como disse o Presidente (Vladimir Putin) vamos encarar com respeito os resultados da votação do povo ucraniano», disse o chefe da diplomacia russa, em conferência de imprensa, em Moscovo.
Mesmo assim, Lavrov classificou de «erro colossal» a decisão do Governo de Kiev em prosseguir e intensificar a ofensiva contra os rebeldes pró-russos no sudeste do país.
«Durante a madrugada, o vice-primeiro-ministro (da Ucrânia) disse que com a realização das eleições, Kiev vai retomar a chamada operação antiterrorista. Isto é um erro colossal»?, afirmou Lavrov.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia advertiu Poroshenko porque, afirmou, o presidente eleito da Ucrânia está a permitir que se «imponham atitudes radicais» e pediu ao chefe de Estado para aproveitar a oportunidade para estabelecer o diálogo.
Lavrov disse também que Moscovo está «disposto a falar com Poroshenko» que conseguiu 54 por cento, com 60 por cento dos votos contados.
O milionário pró-ocidental Petro Poroshenko venceu as eleições presidenciais na Ucrânia à primeira volta, com 54,1% dos votos, de acordo com resultados parciais divulgados hoje.
Os dados divulgados hoje pela Comissão Eleitoral ucraniana confirmam a vitória de Poroshenko na primeira volta - já reivindicada pelo candidato -, quando estavam contabilizados 41,49% dos votos.
No segundo lugar figura a ex-primeira-ministra Iulia Timochenko, com 13,15% dos votos, seguida do populista Oleg Liashko, que reúne 8,53%. A confirmarem-se os resultados, não será necessária uma segunda volta.