O presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, diz-se pronto para um cessar-fogo na Ossétia do Sul, mas apenas se a Rússia também pararem de combater. A Geórgia fala em 150 georgianos mortos neste conflito, 40 dos quais civis.
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O presidente georgiano declarou-se «pronto» a um cessar-fogo com a Rússia, mas se Moscovo der ordem para que as suas tropas também parem de combater na Ossétia do Sul.
Em entrevista à CNN, Mikhail Saakashvili defendeu uma «internacionalização» do processo e «talvez uma mediação e protecção da população civil» nesta república separatista da Geórgia.
Saakashvili considerou que «civis, mulheres e crianças estão em perigo» e que os contínuos bombardeamentos russos na região fazem com que Moscovo possa ser acusado de «crimes de guerra» na região.
«A realidade é que o pequeno país que é a Geórgia está a ser atacado de forma brutal pelo seu vizinho russo», reiterou o presidente georgiano, que considerou que os russos estão a bombardear «alvos civis».
«Isto tem de acabar imediatamente. O mundo tem de se unir. É tempo de o mundo responder sem equívocos a esta violência, falar a uma só voz para condenar estes crimes de guerra», frisou.
Pouco depois, a ministra georgiana dos Negócios Estrangeiros indicava que o seu país estava confrontado com uma «invasão russa» e que precisava de «ajuda urgente» em virtude dos «bombardeamentos intensos» contra alvos «tácticos, económicos e humanos».
Em conferência de imprensa, Eka Tkechelachvili deu ainda conta da morte de 150 pessoas do lado georgiano em virtude deste conflito, 40 das quais civis, tendo cerca de 400 ficado feridas.
A chefe da diplomacia georgiana adiantou ainda que este balanço não inclui as vítimas do bombardeamento deste sábado em Gori, no norte do país e que obrigou à fuga de centenas de habitantes locais.