Senado dos EUA rejeita plano para facilitar transferência de presos de Guantánamo
O Senado dos Estados Unidos rejeitou na terça-feira uma proposta para facilitar a transferência de presos de Guantánamo para serem julgados em território norte-americano ou libertados em países terceiros.
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Com 52 votos a favor e 46 contra, os senadores chumbaram a proposta, do senador democrata Carl Levin e do republicano McCain, que previa um processo para que alguns dos presos na base norte-americana em Cuba pudessem ser julgados nos Estados Unidos.
Segundo esta proposta, a transferência dos presos apenas teria luz verde depois de a Administração norte-americana entregar um plano detalhado ao Congresso sobre onde seriam julgados os presos nos Estados Unidos, ideia que pretendia satisfazer os senadores mais críticos.
Levin salientou que manter os presos nos Estados Unidos era muito mais barato do que os deixar em Guantánamo.
O secretário da Defesa norte-americano, Chuck Hagel, estima que cada preso de Guantánamo custe 2,7 milhões de dólares aos Estados Unidos este ano, enquanto um preso numa cadeia federal de máxima segurança custa 34 mil dólares anuais, segundo referiu numa carta dirigida ao congressista democrata Adam Smith.
Os senadores republicanos Saxby Chambliss e Kelly Ayotte apresentaram outra proposta, que também foi rejeitada, e que pretendia impedir que o Governo norte-americano transferisse presos de Guantánamo para os Estados Unidos ou outro país durante, pelo menos, um ano.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comprometeu-se em maio a traçar um plano para a transferência de presos para países que já deram luz verde para os receber.