O Conselho de Segurança da ONU vai realizar hoje consultas, após vários países terem pedido uma reunião urgente sobre um ataque na Síria que, segundo a oposição, foi feito com armas químicas.
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Estados Unidos, França, Reino Unido, Luxemburgo e Coreia do Sul, cinco dos 15 países que integram o Conselho de Segurança tinham pedido uma reunião deste órgão.
A Arábia Saudita tinha feito publicamente pedido idêntico, considerando que a ONU deveria tomar uma resolução clara para «por fim à tragédia humana» na Síria.
O Conselho de Segurança reúne-se para consultas à porta fechada a partir das 20:00 (hora de Lisboa), indicaram fontes diplomáticas.
A oposição síria acusou hoje o regime de Bashar al-Assad de ter matado 1300 pessoas num ataque com armas químicas a uma área controlada pelos rebeldes perto de Damasco e criticou o «silêncio cúmplice» da comunidade internacional.
O ataque, que parece ser um dos mais violentos do conflito, apesar de não ser possível confirmar o balanço de vítimas avançado pela oposição, suscitou uma vaga de condenações internacionais. O regime sírio desmentiu categoricamente ter utilizado armas químicas.
O objetivo das consultas no Conselho de Segurança será «avaliar a situação e informar» os 15 países membros, mas não deverá haver uma tomada de posição formal, indicou um diplomata, adiantando que se trata de «uma primeira reunião, a quente».
Quanto ao pedido para a ONU investigar o ocorrido, «será complicado» responder, dado que o local do ataque, nas imediações de Damasco, não é um dos três locais acordados entre a ONU e o regime sírio para serem inspecionados, afirmou a mesma fonte.