Síria: EUA querem que observadores árabes possam assistir a todas as manifestações anti-regime
O Departamento de Estado norte-americano apelou, esta quarta-feira, à Síria para que permita que os observadores da Liga Árabe assistam a todas as manifestações contra o regime, mas não comenta o primeiro dia dos observadores no local.
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«Foi só o primeiro dia e foi passado num pequeno bairro de Homs», afirmou à imprensa o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Mark Toner, questionado sobre as primeiras impressões do general sudanês Mohammed Ahmed Moustapha al-Dabi, chefe da missão de observadores.
Al-Dabi considerou «boa» a primeira visita a Homs na terça-feira, dia em que mais de 70 mil manifestantes desfilaram num bairro daquela cidade, um dos principais palcos de repressão no país.
«É preciso deixar que os observadores cheguem, deixar que cumpram a sua tarefa e que tomem a sua decisão», afirmou Toner, acrescentando que «é importante que tenham acesso a todas as zonas para poderem realizar uma investigação completa».
Apelou também para que a missão se possa reunir «com tantos membros da oposição quanto possível».
Pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Alain Juppé, a França considerou esta quarta-feira que os observadores árabes estiveram muito pouco tempo em Homs para poder «apreciar a realidade da situação» naquela cidade, bastião da revolta síria, e não impediram a continuação da repressão.
A missão faz parte de um plano de saída da crise no país, por parte da Liga Árabe, que prevê o fim da violência, a libertação dos detidos, a retirada do exército das cidades e a livre circulação de observadores árabes e de jornalistas no país.