As forças do regime sírio estão a atacar várias localidades, no dia em que o plano de paz internacional deveria começar a ter efeitos. No Norte da Síria a cidade de Mareh foi mesmo bombardeada.
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A Síria diz que já começou a retirar tropas do terreno, mas a realidade mostra a manutenção dos combates em várias cidades sírias. O cessar-fogo correu mal. Não houve silência nem retirada de tropas. Os bombardeamentos continuaram e os ataques rebeldes também.
Em Hassaka (nordeste) há registo de pelo menos seis mortos. Na provincia de Alep, no norte da Síria, há relatos de ataques, colunas de fumo e famílias em fuga.
A oposição conta que a cidade de Mareh está a ser sobrevoada por helicópteros e foi bombardeada durante a manhã.
Na província de Hama, na região centro, onde na segunda-feira foram mortas 35 pessoas, as tropas fiéis a Bashar Al-assad estão hoje a perseguir e deter várias pessoas, enquanto em Homs, foram ouvidos disparos também durante a manhã.
Junto à fronteira com a Turquia, registaram-se escaramuças durante madrugada. Foram disparados tiros contra um campo de refugiados, que mataram duas pessoas.
O presidente turco já prometeu responder ao que considera ser uma clara violação da fronteira.
A China já manifestou a preocupação por este incidente entre a Síria e a Turquia. Há instantes, o chefe da diplomacia de Pequim voltou a repetir o apelo para que Damasco respeite o acordo de cessar fogo.
O plano para a saída da crise apresentado pelo antigo secretário-geral da ONU e emissário especial, Kofi Annan, que Damasco aceitou no dia 2 e foi ratificado na quinta-feira pelas Nações Unidas, previa a retirada do exército sírio das cidades até hoje de manhã, a fim de permitir o cessar-fogo total num prazo de 48 horas.