Os rebeldes sírios dão 48 horas ao regime de Assad para um cessar-fogo e retirada das tropas, caso contrário retomam os ataques, afirmou o porta-voz do Exército Livre.
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«Durante 48 horas, não vamos atacar o exército, vamos defender-nos apenas. Se os bombardeamentos não cessarem e os tanques não forem retirados, passamos ao ataque e vamos intensificar as nossas operações militares», advertiu o coronel Kassem Saadeddine, porta-voz dos rebeldes sírios.
Bourhan Ghalioun, presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal movimento político da oposição, defendeu que o «regime sírio deve observar imediatamente um cessar-fogo».
O CNS «como legítimo representante do povo, não pode aceitar que o regime se sirva do plano (de Kofi Annan) como uma licença para matar», acrescentou Ghalioun num comunicado divulgado após uma conferência de imprensa em Istambul.
Segundo o plano de paz apresentado pelo emissário da ONU para a Síria, o regime de Damasco tinha até hoje para pôr fim a ações violentas.
O regime do Presidente Bashar al-Assad enfrenta desde março de 2011 uma revolta popular sem precedentes que se tem transformado, nos últimos meses, em conflito armado. A violência no país já fez mais de 10 mil mortos, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.