Pelas contas das Nações Unidas, o terramoto no Nepal afetou oito milhões de pessoas e, destas, 1,4 milhões têm particular necessidade de alimentos. Os cálculos da ONU surgem no dia em que as autoridades nepalesas anunciaram que o número de mortos subiu para 4.349 e o de feridos para 7000.
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A ONU prepara-se para uma operação maciça de ajuda humanitária no Nepal, devendo aterrar hoje de manhã no país um avião das Nações Unidos carregado de medicamentos, tendas e cobertores.
Através das suas agências, Organização Mundial da Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a ONU vai prestar cuidados médicos a 40 mil pessoas nos próximos três meses e disponibilizar 120 toneladas de ajuda humanitária em dois voos.
Em todo o mundo, unem-se esforços para responder à catástrofe causada pelo terramoto de 7,8 na Escala de Richter que atingiu o Nepal no sábado e que provocou até agora mais de 4.000 mortos. Um número que deverá ser maior. O chefe do Governo nepalês admitiu que as vítimas mortais poderão ser 10 mil.
Outros países que também participam na assistência humanitária são o Sri Lanka, que deverá enviar 60 toneladas de suprimentos (medicamentos, água, cobertores, barracas e equipamentos de comunicação), e a Indonésia, que anunciou o envio de pessoal médico, medicamentos, alimentos, cobertores e tendas.
A Malásia, com material médico, uma equipa de 30 socorristas e 20 médicos, e a Rússia, com uma centena de especialistas em situações de emergência e equipamentos, incluindo helicópteros e drones (aviões não tripulados),são também exemplos da solidariedade internacional para com o Nepal.
Outras ajudas estão achegar do Canadá, que prometeu canalizar cinco milhões de dólares canadiano (3,7 milhões de euros) para organizações humanitárias, e da União Europeia, que assumiu o compromisso de doar três milhões de euros para ajudar o Nepal.
As organizações humanitárias estão também a prestar ajuda ao Nepal, com os Médicos Sem Fronteiras a programar o envio de um hospital insuflável para perto de Katmandu, a francesa Secours Populaire a despender uma ajuda no valor de 50 mil euros, e a Ordem de Malta a prometer o envio de meia tonelada de medicamentos e material médico.