Terminou o sabat e também o prazo imposto por Israel para retirada de palestinianos do norte de Gaza.
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Acabou o prazo. Israel tinha dado até às 16h00 (hora local, menos duas em Lisboa) para mais de um milhão de palestinianos abandonarem norte da Faixa de Gaza, em direção ao sul. Por esta hora está também a terminar o sabat, dia sagrado no judaísmo, que, apesar da guerra, decorreu quase como todos os outros.
Depois da contagem dos dias, quem vive perto de Gaza passou a contar as horas. O sabat espalha ainda mais o silêncio quase total nas ruas, mas também deixa desertas as estradas e as autoestradas em Jerusalém.
Seria entediante esperar que passem dois carros, E até os veículos da polícia estão parados, vigilantes nas ruas onde os únicos seres humanos são estrangeiros, marginais mais ou menos alienados ou judeus ultraortodoxos, os últimos tão crentes que nem acreditam que algo lhes possa acontecer. Sentam-se à porta de casa a ensaiar cânticos religiosos.
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O dia sagrado termina com o pôr do sol. Coincidência ou não, bate mesmo certo com o fim do prazo dado pelo exército israelita para a retirada de mais de um milhão de palestinianos que estão na zona norte da Faixa de Gaza para o sul.
Aí, não há silêncio nem sossego. Os palestinianos continuam a ser bombardeados e as rodas de rockets do Hamas não deixam calar os sinais de alerta nos telemóveis, por vezes a indiciarem infiltrações de supostos terroristas ou ataques que chegam a ser simultâneos em várias partes do país.