A vencedora das eleições na Andaluzia, a cabeça de lista do PSOE Susana Díaz, considerou que se trata de uma «vitória histórica e indiscutível» e sublinhou que todos terão de ser «consequentes» com o voto dos andaluzes.
Corpo do artigo
«Algumas coisas ficaram muito claras: que o PSOE voltou a ganhar as eleições depois de três anos nos quais não fomos o partido mais votado; e que temos de recuar a 2008 para encontrar um resultado em que a segunda força fique a 10 pontos percentuais», disse hoje Susana Díaz, que surgiu perante a imprensa vestida com as cores da Andaluzia, verde e branco.
Susana Díaz, a primeira mulher a ser eleita para presidente da Junta da Andaluzia (onde o PSOE ganha desde 1982), salientou que os andaluzes «fizeram soar a sua voz», numa vitória socialista que classificou de «histórica e indiscutível».
O novo parlamento andaluz, acrescentou, «é um reflexo da pluralidade da sociedade», que representa todos. Os resultados das eleições de hoje significam que vão ser cinco os grupos parlamentares na Andaluzia (PSOE, PP, Podemos, Ciudadanos e Izquierda Unida), quando, até agora, apenas estavam três (sem o Podemos nem o Ciudadanos).
«Espero que este novo tempo seja melhor para todos na nossa terra. Um novo tempo para o diálogo, para unir; vamos contar com todos porque é o que querem os andaluzes», realçou Díaz, que forçou estas eleições antecipadas alegando «instabilidade» na coligação com a Izquierda Unida, mas que continua sem maioria absoluta, sendo por isso forçada a acordos para governar.
Díaz também considerou que agora começam «os melhores anos para a Andaluzia», com mais «transparência», para que os andaluzes saibam «com quem se faz acordos, com quem se fala». No entanto, não fez qualquer alusão a eventuais alianças.
Durante a campanha, Susana Díaz fechou as portas a todos os partidos à exceção do Ciudadanos (que ao obter 9 assentos poderia formar um governo de maioria com o PSOE). No entanto, o Ciudadanos afirmou hoje que não contempla a hipótese de coligação, embora tenha admitido a possibilidade de fazer acordos de governação.
Susana Díaz chegou ao poder na Andaluzia a meio da anterior legislatura, com o auto afastamento do presidente eleito, José Antonio Griñán, devido a casos de corrupção na região que envolveram o partido.