Trump merecedor de "mais respeito" após encontro com Ronaldo: "O meu filho é grande fã"

Reprodução/Twitter David Sacks
O líder norte-americano destaca que no encontro de terça-feira, no salão de baile da Casa Branca, estiveram os "maiores líderes do mundo, nos negócios e no desporto"
O futebolista Cristiano Ronaldo participou na terça-feira num jantar oferecido pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tornando-se no terceiro desportista português a realizar uma visita oficial à Casa Branca.
O jantar teve início por volta das 19h30 horas locais (00h30 em Lisboa), no mesmo dia em que o chefe de Estado norte-americano recebeu o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, também presidente do fundo de investimento maioritário do Al Nassr, clube pelo qual Ronaldo atua.
O jantar de gala, na Casa Branca, no Salão Este, contou com a presença de várias personalidades do mundo do futebol, que também se sentaram à mesa do Presidente dos EUA: além de Cristiano Ronaldo, também o líder da FIFA, Gianni Infantino, que mantém uma estreita relação com Trump devido à fase final do Mundial do próximo ano, esteve presente neste encontro.
No entanto, o destaque foi mesmo para o internacional de 40 anos, que parece ter feito mais feliz o filho de Trump.
"Sabem, o meu filho é um grande fã do Ronaldo", confessou o Donald Trump, num discurso de boas-vindas que inaugurou o jantar de gala, promovido por Melania Trump. O líder norte-americano acrescentou que Barron, com 19 anos, teve a oportunidade de conhecer o jogador nesta ocasião: "Acho que ele agora tem ainda mais respeito pelo pai, só pelo facto de eu o ter apresentado a ele", refere.
No decorrer da noite, o chefe de Estado dos EUA não poupou elogios ao português: "Esta sala está repleta dos maiores líderes do mundo, nos negócios, no desporto...", declarou.
O jantar foi também tema de conversa na internet, depois de uma selfie tirada durante o evento ter sido publicada nas redes sociais. Nesta fotografia, Ronaldo aparece ao lado da noiva, Georgina, e está rodeado por Infantino, o bilionário Elon Musk, bem como o investidor David Sacks, entre outros.
A presença do capitão da seleção portuguesa de futebol na Casa Branca ocorre dois dias depois de a equipa lusa ter garantido a qualificação para o Campeonato do Mundo de 2026, que terá organização tripartida dos Estados Unidos com México e Canadá, entre 11 de junho e 19 de julho.
O encontro marcou também o regresso do internacional português a um evento oficial nos EUA, algo que não acontecia desde 2017.
O jogador já havia manifestado interesse em encontrar-se com Trump numa entrevista recente ao jornalista britânico Piers Morgan, divulgada em 6 de novembro: "É uma das pessoas que quero conhecer, gostava de ter uma boa conversa com ele. É alguém de quem gosto mesmo porque é uma das pessoas que consegue fazer as coisas acontecer."
Cristiano Ronaldo e Georgina foram dos últimos convidados a abandonar o Salão Este.
Em junho, à margem da cimeira do G7, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, ofereceu ao republicano uma camisola da seleção portuguesa, assinada por Ronaldo com a dedicatória "Para o Presidente Donald Trump, jogando pela paz".
Ronaldo não participa em jogos nos Estados Unidos desde agosto de 2014, quando alinhou num encontro particular pelo Real Madrid frente ao seu anterior clube, Manchester United, não tendo viajado novamente para solo norte-americano nas digressões do emblema 'merengue' e da Juventus.
Desde a sua chegada à Arábia Saudita, em 2023, tem assumido um papel de promoção do país e o encontro com o Presidente norte-americano coincide com a primeira visita de Mohammad bin Salman a Washington em sete anos.
O príncipe herdeiro do reino do Médio Oriente procura a obtenção de garantias formais por parte de Trump quanto à proteção militar norte-americana, além das aquisições militares, após este ter confirmado, na segunda-feira, a venda dos tecnologicamente avançados caças F35.
O líder saudita anunciou esta quarta-feira um aumento dos investimentos do seu país nos Estados Unidos para quase mil milhões de dólares (mais de 860 mil milhões de euros), reforçando o investimento já previsto de cerca de 600 mil milhões de dólares (518 mil milhões de euros) em setores como a tecnologia e a inteligência artificial.
Cristiano Ronaldo junta-se ao maratonista Carlos Lopes, em 1984, e ao basquetebolista Neemias Queta, em 2024, entre os desportistas portugueses a visitar oficialmente a Casa Branca.
Carlos Lopes foi recebido por Ronald Reagan após vencer a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Los Angeles1984, acompanhado pelo então presidente do Sporting João Rocha.
Mais recentemente, Neemias Queta fez parte da equipa dos Boston Celtics que foi homenageada por Donald Trump, logo após ter vencido a Liga norte-americana de basquetebol (NBA).
