Trump foi acusado na terça-feira de quatro crimes por alegada tentativa de alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020.
Corpo do artigo
O ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá comparecer esta quinta-feira perante uma juíza em Washington DC para a leitura da acusação, depois de lhe terem sido imputadas tentativas de alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020.
Trump recebeu uma intimação para se apresentar perante a magistrada Moxila Upadhyaya às 16h00 locais (21h00 de Lisboa) no tribunal federal do distrito de Colúmbia, onde se situa a capital federal dos Estados Unidos.
No âmbito deste caso, Trump foi acusado na terça-feira de quatro crimes por alegada tentativa de alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020 (que resultaram na sua derrota contra o candidato democrata e atual Presidente, Joe Biden), que culminou no assalto ao Capitólio; conspiração para defraudar os Estados Unidos; conspiração para obstruir um procedimento oficial; obstrução e tentativa de obstrução de um procedimento oficial; e conspiração contra direitos civis.
As acusações, associadas aos esforços de Trump para anular os resultados da eleição presidencial de 2020, centram-se sobretudo nos esquemas do ex-Presidente e aliados para subverter a transferência de poder e mantê-lo no cargo, apesar da derrota frente a Joe Biden.
Tal como nos outros dois processos criminais que enfrenta, não se espera que Trump seja detido e, como fez anteriormente, é possível que se declare inocente das acusações, uma vez que considera os processos contra ele abertos "uma caça às bruxas".
Na audiência desta quinta-feira, a juíza ouvirá os argumentos dos procuradores do Ministério Público e da defesa e poderá em seguida estipular as condições para Trump permanecer em liberdade
Trump é o primeiro ex-Presidente na história dos EUA a ser indiciado por crimes, tendo de responder em vários processos.
O ex-Presidente diz que não fez nada que outros não tivessem feito antes - sobre a remoção de documentos confidenciais quando abandonou a Casa Branca, em janeiro de 2021 - denunciando que outros ex-chefes de Estado, como Barack Obama e George W. Bush, também o fizeram.
Para além deste processo, em Nova Iorque, um grande júri também indiciou Trump por falsificar documentos comerciais num caso que envolve o pagamento pelo silêncio da atriz pornográfica Stormy Daniels, com quem o ex-Presidente teve uma relação sexual em 2006.