Apesar da polémica que rodeou a primeira caravana, o ministro russo dos negócios estrangeiros anunciou esta manhã, que já informou a Ucrânia da intenção de fazer seguir uma nova coluna de ajuda humanitária.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, anunciou hoje que Moscovo pretende enviar um segundo comboio com ajuda humanitária para o Leste da Ucrânia, esperando a concordância do governo de Kiev.
«Ontem (domingo) enviámos uma nota oficial ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia em que informamos sobre a preparação de um segundo comboio humanitário», disse o chefe da diplomacia russa em conferência de imprensa, em Moscovo.
Lavrov acrescentou que os russos querem «concertar todas as condições» sobre a entrega da ajuda humanitária, através da participação de agentes e guardas fronteiriços ucranianos.
«Estamos convencidos de que é preciso fazê-lo durante esta semana», disse Lavrov, argumentando que a situação humanitária na região é grave devido às ações militares.
Serguei Lavrov disse que «desta vez» não se vão verificar «adiamentos artificiais» tal como os que aconteceram durante o processo de envio do primeiro comboio com ajuda humanitária, referindo-se ao que considerou «mal entendidos» do Executivo de Kiev.
Na semana passada, o envio de uma coluna de 262 camiões com ajuda humanitária russa para território ucraniano controlado pelos separatistas pró Moscovo foi apontado como violação do direito internacional.
O presidente russo, Vladimir Putin, explicou na altura que a decisão de enviar a ajuda sem o devido cumprimento das formalidades ficou a dever-se aos obstáculos de Kiev sobre o envio de auxílio humanitário.