A União Europeia avisou que a Rússia poderá ver a sua relação com a Europa afectada caso continue a sua ofensiva militar na Ossétia do Sul. Entretanto, Bernard Kouchner, que será enviado para a zona, pediu à Rússia para parar com o conflito.
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A União Europeia avisou, este sábado, a Rússia de que se continuar a sua ofensiva militar na Ossétia do Sul poderá ver afectadas as suas relações com a Europa.
«A União Europeia proclama fortemente a sua ligação à soberania e à integridade territorial da Geórgia nas suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. Sublinha que a continuação da acção militar pede afectar a sua relação com a Rússia», acrescentou.
A presidência francesa da União Europeia aconselhou ainda Moscovo a aceitar a oferta de cessar-fogo feita este sábado pelo lado georgiano.
Pouco antes, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros fez mais um pedido para a «paragem» do conflito que está em curso na Geórgia, ao pedir a retirada das tropas russas da região.
«É preciso parar. É uma guerra terrível, brutal», afirmou Bernard Kouchner, que pediu que Moscovo pare com os seus «bombardeamentos sobre a população civil» e reclamou que as tropas russas «voltem ao outro lado da fronteira».
Kouchner, que vai partir proximamente para a região, pediu ainda à Geórgia para que «não ceda às provocações e regresse às posições anteriores» e defendeu uma «regulação internacional sem dúvida com a ONU, com a participação da União Europeia».
O chefe da diplomacia francesa refutou ainda a ideia de que a Europa esteja divida sobre esta questão, ao sublinhar que «todos os países estão de acordo em condenar esta guerra, com nuances».
Bernard Kouchner assegurou ainda que a posição da Europa não será semelhante àquela defendida pelos três países bálticos e pela Polónia que pediram, este sábado, à UE e à NATO para se opor à «política imperialista» da Rússia.