Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, da Ásia e da Oceânia exigiram à Líbia um cessar-fogo «imediato e verificável» e um acordo político democrático.
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Na declaração final do Fórum Ásia-Europa (ASEM), os ministros «exigiram o estabelecimento imediato de um cessar-fogo verificável por parte de todos os actores e a cessação total da violência e de todos os ataques e abusos contra civis».
No texto, os ministros sublinharam também a necessidade de que os responsáveis pela violência sejam responsabilizados judicialmente e tomaram nota dos esforços do Tribunal Penal Internacional, cujo procurador, Luis Moreno Ocampo, pediu a detenção do líder líbio, Muammar Kadhafi, por crimes contra a humanidade.
A comunidade internacional deve apoiar a ONU na procura de uma solução política para a crise, defenderam os ministros, acrescentando que essa solução deve «reflectir a vontade dos líbios».
«A independência, a soberania e a integridade territorial da Líbia têm de ser preservadas e as aspirações democráticas da população líbia devem ser honradas», afirmaram.
Na declaração, os ministros manifestaram também preocupação pelas situações na Síria e no Iémen.
Quanto à Síria, instaram o regime de Bachar al-Assad a abster-se de recorrer à força contra manifestações não violentas e a acelerar a aplicação das reformas económicas e sociais prometidas, ao mesmo tempo que apelaram para uma diálogo nacional inclusivo que garanta uma transição democrática.
Em relação ao Iémen, os ministros condenaram igualmente o recurso à força contra protestos pacíficos e elogiaram os esforços das monarquias do Golfo para uma transição política pacífica.