A União Europeia decidiu hoje recorrer à força militar para combater o tráfico de pessoas no mar Mediterrâneo, no âmbito da operação naval EUNAVFOR-Med.
Corpo do artigo
Fontes comunitárias indicaram à agência de notícia espanhola EFE, que a decisão foi tomada hoje em Conselho de Ministros dos Assuntos Gerais da União Europeia.
A medida, que deverá ser implementada no início de outubro, possibilita aos navios de guerra europeus fazerem buscas, apreensões e desviar embarcações suspeitas de seres usados pelos traficantes de pessoas.
O comandante da missão da segurança europeia contra os traficantes de seres humanos, a EUNAVFOR-Med, almirante Enrico Credendino, propôs na semana passada aos 28 Estados-membros da União Europeia o avanço para uma fase mais agressiva.
A missão dura há cerca de dois meses e tem apenas monitorizado, em águas internacionais, as redes de contrabando criminosas, que operam a partir da costa da Líbia.
Reunidos esta segunda-feira de manhã numa reunião ministerial em Bruxelas, os 28 Estados-membros da União Europeia indicaram que "as condições estão reunidas" para passar à segunda fase da operação em alto mar lançada no final de junho.
Até agora a operação, que integra quatro navios e um milhar de homens, foi destinada a vigilância a partir das águas internacionais e pesquisa criminal que envolve embarcações de migrantes para Itália a partir das costas líbias. As operações de socorro já contribuíram para salvar 1.500 pessoas.