Esta frase sintetiza o pensamento do antigo presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, que coordena os trabalhos do colóquio sobre o Futuro "Daqui a 100 anos", na Fundação Champalimaud.
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Fernando Henrique Cardoso rejeita um encontro com Lula para tentar resolver a crise política no Brasil e comenta pela primeira vez o "impeachment" à presidente Dilma Rousseff.
Entrevistado pela TSF, Fernando Henrique Cardoso revela que "não estava no Brasil quando a proposta foi apresentada e aceite (esta quarta feira) mas eu diria que a despeito de todas as dificuldades e do grau de corrupção a que se chegou, que é inimaginável e muito elevado. É uma corrupção de novo tipo que é sustentada por forças políticas que estão no governo e que ganham recursos por causa da política e não apenas para o seu bolso. Mas a despeito de tudo isso a justiça está funcionando no Brasil e há liberdade, então eu acho que havendo estes dois pilares essa questão do "impeachment" não será suficiente para abalar a minha crença no futuro do Brasil", conclui o antigo presidente brasileiro.
Questionado sobre a possibilidade avançada pelo empresário mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann, de que os antigos presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso tenham um encontro, uma conversa para que o pais possa sair da crise política, a este propósito Fernando Henrique Cardoso é perentório: "Infelizmente o Presidente Lula que teve um passado glorioso está enterrando o seu futuro. É preciso esclarecer muitos problemas do seu partido, por isso não adianta ter uma conversa minha com o Lula; Lula tem que conversar é abertamente com o país".
Fernando Henrique Cardoso está em Portugal a coordenar os trabalhos do colóquio sobre o Futuro, que começa esta sexta-feira Fundação Champalimaud.