É um português que vive com a mesma expectativa dos gregos: o que vai acontecer no domingo. Está em Atenas há quinze anos, é casado e tem filhos com uma grega.
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Vitor Vicente contou ao enviado da TSF à Grécia, Artur Carvalho, que o que verdadeiramente o preocupa não é o resultado de domingo: bem pior será o que o que se decidir depois dessa consulta.
Vítor Vicente diz que há apreensão e receio, mas não sente que os gregos estejam em pânico com o resultado do referendo. Ele lembra que boa parte deste povo, a menos jovem, já passou por outras e bem amargas agruras. O professor de português admite que mais adiante as coisas possam vir a ferver, mas diz que não receia o dia de segunda feira, o seguinte ao referendo. O pior cenário, a acontecer, será mais adiante
Saia a Grécia do euro, ou fique e se se sujeite a mais austeridade, haverá problemas, estima Vítor Vicente, que tal como os gregos está dividido, porque não há uma solução
Casado com uma grega, Vítor diz que o assunto não provoca divergências de bandeiras. Aliás, nota e alinha no desagrado com que a mulher e outros gregos recebem algumas noticias de Portugal.
Por estes dias, é de outra índole o problema domestico que preocupa Vítor Vicente. Com o calor do verão grego, o frigorífico deu-lhe para fazer ameaças elétricas. O diabo é se o tem de substituir por um novo só podendo levantar 60 euros por dia.