A UNICEF está nesta altura junto às fronteiras da Macedónia com a Grécia e com a Sérvia. Em entrevista à TSF, Christophe Boulierac, porta-voz da UNICEF, lembra que os refugiados - novos e velhos - não o são por opção.
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"É importante saber que estas pessoas não vêm apenas para encontrar uma vida melhor. É impossível para eles permanecerem onde estão. Ninguém gosta de abandonar o país onde vive, eles só fazem esta viagem tão perigosa porque não têm alternativa", sublinha Christophe Boulierac.
A UNICEF está muito preocupada com as condições em que as crianças chegam à Europa e, por isso, não se cansa de lembrar a lei.
"Estamos a defender muito fortemente junto de cada governo de cada autoridade e a relembrá-los que os interesses das crianças têm de prevalecer. Por isso, as crianças devem ser protegidas como as que existem em cada país europeu. As crianças que estão a fugir estão particularmente vulneráveis, estão frágeis, muitas delas estão doentes e exaustas e grande estão traumatizadas com as coisas terríveis que viram na Síria ou noutro país".
Christophe Boulierac diz à TSF que quando as crianças pedem asilo ele tem de ser concedido, têm de ter uma proteção especial: "É muito importante que cada país europeu garanta que as crianças não são presas, não são separadas das famílias e que os seus direitos estão protegidos".
No meio da confusão, a UNICEF tem encontrado algumas crianças sozinhas, mas a maior parte são já adolescentes." É muito raro ver crianças pequenas desacompanhada. O que acontece é que quando há alguma tensão, quando as autoridades usam granadas atordoantes ou criam muito stress e pânico, há algumas separações. Nós garantimos que essas crianças são devolvidas aos pais num curto espaço de tempo".
Christophe Boulierac defende ainda que o que aconteceu na pasada quarta-feira na fronteira entre a Sérvia e a Hungria não pode repetir-se porque as crianças não podem ser alvo de agressões e violência.