O ministro grego das Finanças quer "substituir os custos da discórdia por um consenso eficaz". À entrada para o Eurogrupo, Yanis Varoufakis prometeu apresentar "ideias" aos ministros, consciente dos riscos de contágio que o falhanço da Grécia pode ter para toda a zona euro.
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"Há algum tempo, Mario Draghi, o presidente do Banco Central Europeu, disse com razão que, para o euro ter sucesso em qualquer lugar, deve ser bem sucedido em todos os lugares. Nós pensamos que está absolutamente bem assinalado", afirmou Yanis Varoufakis.
Esta afirmação foi proferida pelo presidente do BCE, num discurso em Helsínquia, em 27 de Novembro de 2014, no qual Mário Draghi alertava para a necessidade de assegurar que nenhum Estado-Membro da zona euro seria abandonado pelos outros, defendendo a ideia que os membros do euros "tem que estar melhor dentro [do euro] do que estariam fora".
"O euro é - e tem de ser - irrevogável em todos os seus Estados-Membros. E, não é só porque os Tratados dizem isso, mas porque sem isso não pode haver uma verdadeira moda única", considerou o presidente do BCE, dois meses antes do Syriza vencer as eleições na Grécia.
O ministro grego das Finanças afirmou que vem a esta reunião, no Luxemburgo, disposto a lembrar as palavras de Mario Draghi, sobretudo na parte em que em que o italiano considera que o euro tem de ser bem sucedido em todos os estados membros para que possa ser bem sucedido em qualquer um.
"Hoje vamos apresentar idéias do governo grego ao longo dentro destas linhas", disse o ministro grego, esclarecendo que o seu "objetivo é substituir os custos da discórdia por um consenso eficaz".