O Supremo Tribunal de Justiça sancionou o adiamento da posse de Hugo Chávez para um novo mandato presidencial e decretou que a ausência não deve ser considerada uma falta.
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«A decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) não é nenhuma vitória, nem nenhuma derrota, porque isto não era um processo eleitoral (...), o STJ o que fez foi resolver um problema ao partido do Governo. As instâncias não devem responder aos interesses de um partido e a luta é para que se respeite a Constituição, não para mudar um Governo», disse o governador do Estado de Miranda.
Henrique Capriles Radonski, que participou contra Hugo Chávez nas eleições presidenciais de outubro de 2012, manifestou ainda tratar-se de uma sentença pré-fabricada, que a decisão «é vinculativa», que o seu conteúdo «é para discutir e debater», mas não acaba com as incertezas.
Numa conferência de imprensa com jornalistas nacionais e internacionais, o líder da oposição começou por «exigir respeito» aos líderes governamentais, que acusou de falta de liderança e de atuar com ameaças e insultos.
Por outro lado, frisou que Hugo Chávez continua a ser o Presidente eleito, que os outros líderes não foram eleitos pelos venezuelanos para os cargos que ocupam e que não convocará «o povo (opositor) à rua para enfrentá-lo com o povo (chavista)».
«E não é uma amostra de debilidade, é um sinal de responsabilidade», disse. Por outro lado, alertou que poderão ocorrer algumas «ações (violentas) isoladas apoiadas pelo próprio Governo» para culpar a oposição.
Entretanto, o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou ontem que vai cumprir a decisão do Supremo Tribunal de Justiça de adiar a tomada de posse do Presidente, Hugo Chávez, marcada para hoje.
«O Supremo Tribunal de Justiça venezuelano tomou uma decisão, é o nosso máximo tribunal. Cabe-nos cumpri-la e aceitamo-la plenamente», afirmou.