Esta terça-feira, a Comissão Europeia pagou mais 1,5 mil milhões de euros à Ucrânia para ajudar o país a cobrir as suas necessidades imediatas de financiamento.
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse esta terça-feira ter tido uma "reunião produtiva" com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre os progressos da Ucrânia para uma eventual adesão à União Europeia (UE).
"Reunião produtiva com Volodymyr Zelensky. Debatemos os progressos realizados pela Ucrânia na via da adesão à UE, bem como o nosso apoio contínuo face à agressão da Rússia", escreveu a líder do executivo comunitário numa publicação na rede social X (anteriormente designada Twitter).
Productive meeting with @ZelenskyyUa
- Ursula von der Leyen (@vonderleyen) August 22, 2023
We discussed Ukraine"s progress on the EU path as well as our continued support in the face of Russia"s aggression.
We"ll continue working together to bring Ukraine"s grain to world markets and to provide economic assistance. pic.twitter.com/jwVItCjlyX
Dando conta deste encontro presencial bilateral, que ocorreu em Atenas à margem de um jantar informal promovido pela Grécia com os líderes dos Balcãs Ocidentais e que contou com a presença do Presidente ucraniano, Ursula von der Leyen garantiu ainda que a UE continuará a "trabalhar em conjunto para trazer os cereais da Ucrânia para os mercados mundiais e para prestar assistência económica".
Esta terça-feira, a Comissão Europeia pagou mais 1,5 mil milhões de euros à Ucrânia ao abrigo do pacote de assistência macrofinanceira, no valor máximo de 18 mil milhões de euros, para ajudar o país a cobrir as suas necessidades imediatas de financiamento, com um apoio financeiro estável.
De acordo com a informação divulgada pela instituição, com o pagamento desta terça-feira, a Ucrânia recebeu até à data 12 mil milhões de euros este ano ao abrigo deste pacote de assistência macrofinanceira.
Estas verbas são destinadas a pagar salários e pensões e a manter em funcionamento serviços públicos essenciais, como hospitais, escolas e alojamento para as pessoas deslocadas, permitindo igualmente à Ucrânia assegurar a estabilidade macroeconómica e restaurar as infraestruturas críticas destruídas pela Rússia durante a guerra, tais como as infraestruturas energéticas, os sistemas de abastecimento de água, as redes de transportes, as estradas e as pontes.
"Estamos a apoiar a Ucrânia nos seus esforços para reparar, recuperar e manter o Estado a funcionar", escreveu Ursula von der Leyen na rede social X, prometendo que, além do montante mobilizado esta terça-feira, "mais virão, este ano e nos seguintes".
O pagamento de hoje é efetuado depois de a Comissão ter constatado, no final de julho, que a Ucrânia está a realizar progressos satisfatórios na aplicação das condições políticas acordadas e a cumprir os requisitos em matéria de apresentação de relatórios, que visam garantir uma utilização transparente e eficaz dos fundos.
Em concreto, de acordo com Bruxelas, "a Ucrânia registou progressos importantes no sentido de aumentar a estabilidade financeira, reforçar o Estado de direito, melhorar o seu sistema de gás, incentivar a eficiência energética e promover um melhor clima empresarial".
Em junho de 2022, os Estados-membros da UE adotaram uma decisão histórica de conceder o estatuto de candidatos à Ucrânia e à Moldova, que se juntaram a um grupo alargado de países, alguns dos quais há muito na 'fila de espera' para entrar no bloco europeu, sem quaisquer progressos nos últimos anos.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).