Foi no dia 08 de março de 2014 que, após 40 minutos de voo, o Boeing 777 da Malaysia Airlines mudou de rota quando fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim. Um ano depois o avião, em que seguiam 239 pessoas, permanece desaparecido, mas as buscas prosseguem.
Corpo do artigo
É uma vasta área de 60 mil quilómetros quadrados que desde há vários meses está a ser coberta numa operação internacional coordenada pela Austrália.
Com base na análise de dados obtidos por satélite, acredita-se que o avião terá terminado a sua viagem no oceano, algures a ocidente da cidade australiana de Perth.
A zona que está a ser "palmilhada" fica a 1800 km dessa costa. Até ao final de fevereiro foram cobertos 24 mil quilómetros quadrados de mar. Que se saiba, nada foi descoberto.
As buscas em curso, que envolvem quatro navios, seguem-se a um mapeamento do fundo do oceano que começou a ser feito em agosto. Nesta altura, as embarcações, dotadas de tecnologia de sonar especial, continuam a tentar obter um sinal de retorno do aparelho, que se acredita terá caído naquela zona.
Na operação participam vários navios de uma empresa holandesa, a Fugro, que recebeu 44 milhões de euros do governo de Camberra.
No verão passado, a "fatura" paga pelo tesouro australiano foi motivo de debate doméstico. Em causa, a considerável diferença entre o contributo financeiro para as buscas feito pelo país e o da Malásia, Estado de origem do avião desaparecido.
Nessa altura, ainda antes do que teria de ser pago à Fugro, estimava-se que a Austrália já tivesse gasto 38 milhões de euros, contra apenas 8 milhões destinados para esse fim pelo estado malaio.
Questionado sobre essa disparidade, o responsável pelo orçamento federal australiano respondeu: «É quase certo que o avião caiu em águas que são da nossa responsabilidade. Aceitamo-la e pagaremos por ela. Não somos um país que vá pedinchar a outros para fazermos o nosso trabalho».
A operação de buscas atualmente em curso foi precedida de uma outra, feita sobretudo com o recurso a meios aéreos.
10 aviões civis e 19 militares, de vários países, realizaram mais de 330 voos, cobrindo uma área de meio milhão de quilómetros quadrados de oceano. Nessa operação participaram ainda 14 navios da Austrália, da China e do Reino Unido.