Chama-se poetry slam e é um movimento criado nos Estados Unidos. Vale rimar sobre tudo, até sobre política. As eleições em Espanha também não escapam aos poetas competidores.
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Nasceu nos anos 80 nos Estados Unidos. É uma batalha de estrofes com regras simples: cada poema não deve ter mais de três minutos e deve ser de autoria própria. O resto é decidido pelo slammer que pode simplesmente recitar ou fazer um rap.
No âmbito da Mostra de Espanha que, durante vários meses organiza vários eventos que mostram a cultura e o património do país vizinho, o Instituto Cervantes organizou um poetry slam que pôs frente-a-frente três artistas espanhóis a três artistas portugueses.
À conversa com a TSF, Dani Orviz, um dos participantes que dedica a esta arte há vários anos, confessou que a política costuma ser um tema habitual nas suas rimas. Sobre as eleições de dia 20 de dezembro, diz que não podia faltar às urnas mas não quer adiantar qual a intenção de voto.
Ainda assim vai deixando algumas pistas. Confia que "os dele" consigam o tão desejado "cambio", a mudança que a sociedade espanhola quer. Se "não for desta", espera que a lute continue porque, admite, "uma grande mudança precisa de tempo e não se faz de um dia para o outro". Mas Dani Orviz considera que o facto de partidos como o "Podemos" ou o "Cidadãos" aparecerem nos primeiros cinco lugares das sondagens já é "um sinal de esperança".