Numa entrevista à TV Globo em que admitiu corrupção na Petrobrás e erros de Dilma, o líder das sondagens no Brasil deixou mensagem de otimismo: "o brasileiro precisa de voltar a comer churrasco e tomar uma cervejinha".
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Lula admitiu corrupção na Petrobrás, durante o seu mandato, e reconheceu que a sucessora Dilma Rousseff cometeu erros, mas deixou uma mensagem de "otimismo e esperança, jamais rancor" aos eleitores durante a entrevista ao Jornal Nacional, o mais importante noticiário da TV Globo e do Brasil.
Alvo de panelaços, assim como Bolsonaro na entrevista de segunda-feira, Lula disse que a "corrupção só aparece quando ela é, de facto, investigada".
"E", sublinhou, "em nenhum outro momento da História, como nos governos do Partido dos Trabalhadores (PT), tanto se investigou. O problema da Lava Jato é que entrou na política e o seu objetivo era condenar-me".
"Se eu for eleito, qualquer pessoa será investigada e punida ou absolvida", prometeu o candidato do PT.
Sobre a bomba orçamentária que pode herdar, caso eleito, Lula lembrou que em 2002 "o Brasil também estava falido". "Depois", disse, "acabamos a emprestar dinheiro ao FMI ao mesmo tempo que fazíamos a inclusão social de 40 milhões".
O líder das sondagens afirma que, "para governar um país, são precisas três palavras: credibilidade, previsibilidade e estabilidade".
E em recados diretos ao principal rival, o candidato à reeleição Jair Bolsonaro, disse que o eleitor deve colocar na urna "esperança e otimismo e não rancor, que não dá certo".
Porque o povo, afirmou, "tem de voltar a comer um churrasquinho e tomar uma cervejinha".
Sobre o clima de polarização disse que ele "é saudável desde que nós não o confundamos com ódio".
As eleições para a presidência do Brasil são no dia 2 de outubro. Em caso de necessidade de segunda volta, ela está marcada para dia 30 do mesmo mês.