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Depois de muito, muito sofrimento a nossa seleção passou à fase seguinte. Um jogo pleno de emoções fortes, no qual entrámos muito bem e que acabou (com muitos nervos na segunda parte) num empate. Passamos agora à fase seguinte, ou seja, aos oitavos-de-final. Em termos de adversários vamos jogar com a Bélgica. Uma das seleções mais talentosas que tem um motor de classe mundial de seu nome Kevin de Bruyne, e jogadores poderosos como Romelu Lukaku, que está numa forma olímpica, e tantos, tantos outros. Não vai ser um jogo fácil, mas Portugal tem muito, muito talento do seu lado também.
Juntando a política internacional ao futebol há desde logo um jogo que nos chama a atenção. Um dos grandes clássicos a nível mundial: Inglaterra vs. Alemanha. Vai ser, sem dúvida, um jogo quente e com muitos nervos dos dois lados.
Temos ainda a Itália, a minha segunda seleção depois de Portugal, que me tem encantado pelo seu futebol. De facto, Mancini deu a volta a uma seleção que estava sem rumo. Ficámos todos a ganhar.
Em termos de entrega e emoção vamos ter um jogo muito intenso entre o País de Gales e a Dinamarca.
Mas hoje gostava de destacar um embate que promete e muito. Um jogo que não irá ser objeto de muitas discussões apaixonadas fora dos seus territórios evidentemente e que não tem uma rivalidade como aquela que existe entre Londres e Berlim. Mas é um jogo que me fez pensar sobre o que constitui uma nação e também como é que as nações se vão formando.
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Eu diria que em termos de entrega e emoção vamos ter um jogo muito intenso entre o País de Gales e a Dinamarca. A nação galesa volta a dar cartas no futebol europeu. É um excelente exemplo de como uma população de cerca de 3 milhões e 200 mil pessoas se faz representar, se faz ouvir além-fronteiras através do desporto e neste caso em concreto do futebol ou como também seria se estivéssemos a falar do râguebi. Gales é uma nação que está integrada num, ou melhor, no Reino Unido e essa união é representada através de uma Rainha muito especial, a Rainha Isabel II (a este respeito a Inglaterra também conseguiu passar a fase de grupos). A garra dos jogadores galeses em campo é impressionante e é de tal forma que o seu capitão Gareth Bale - muitas vezes apontado como um jogador que se desliga em alguns jogos - lidera em matéria de entrega nesta seleção pelo exemplo.
As imagens do comportamento exemplar do capitão dinamarquês, dos restantes jogadores (incluindo os adversários neste caso da seleção finlandesa) ficarão na minha, na nossa memória e também na memória do futebol.
E do outro lado também temos uma monarquia. E a Dinamarca é como Portugal uma das nações mais antigas da Europa. Neste campeonato a seleção dinamarquesa conquistou todos os adeptos de futebol logo no primeiro jogo. Pela lição que deram à UEFA sobre como NÃO fazer uma transmissão televisiva quando um jogador está no chão, a ser assistido e a lutar pela vida. As imagens do comportamento exemplar do capitão dinamarquês, dos restantes jogadores (incluindo os adversários neste caso da seleção finlandesa) ficarão na minha, na nossa memória e também na memória do futebol.
Por último, termino a opinião de hoje com um craque muito, muito especial: Messi faz hoje 34 anos. Tenho assistido aos jogos da Copa América e da sua seleção argentina, uma das grandes nações do futebol, que ele lidera de forma extraordinária.
E como se costuma dizer que o tempo não perdoa é mesmo de aproveitar toda a magia deste capitão do Barcelona e da seleção argentina dentro e para lá dos relvados.