Fontes do PS garantem que as questões programáticas estão fechadas mas sublinham que o acordo com o PCP depende do comité central comunista que se reúne domingo. O PCP terá conseguido ganhos em questões de saúde e educação.
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As fontes socialistas contactadas pela TSF sublinham que o acordo final, na vertente política, depende em muito da reunião do comité central dos comunistas, agendado para domingo.
O Partido Comunista adianta apenas que continua a trabalhar para chegar a um acordo.
Segundo as fontes do PS, em cima da mesa está um texto consensual que possa ser aprovado por aquele que é um dos órgãos máximos do partido e com o qual o secretário geral comunista, Jerónimo de Sousa possa justificar internamente o acordo com os socialistas.
Do acordo programático já fechado, as fontes socialistas adiantam que os comunistas conseguiram fazer valer algumas reivindicações em áreas como saúde ou educação.
No acordo entre PS e Bloco de Esquerda, feito com maior rapidez, as questões terão ficado restritas a matérias laborais e de políticas de rendimento das famílias.
Quanto ao acordo político PS-PCP, estão por resolver questões como o prazo da validade desse entendimento (se é ou não para toda a legislatura) e a participação ou não dos comunistas num governo liderado pelo PS.
As fontes socialistas sublinham que as conversas ainda não chegaram a esse ponto de decisão até porque, de acordo com a metodologia de trabalho fixada no arranque das reuniões, essa seria sempre uma questão para resolver depois de concluídas as matérias programáticas.
As mesmas fontes do PS salientam outro ponto que ficou decidido desde o início: ou os dois líderes (Catarina Martins e Jerónimo de Sousa) fazem parte de um futuro executivo ou nenhum dos dois fará.