O secretário de Estado francês para os Assuntos Europeus critica a decisão do antigo presidente da Comissão Europeia, que classifica de "escândalo".
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A França pede a Durão Barroso que não vá para o grupo Goldman Sachs. Numa intervenção no parlamento de Paris, Harlem Desir considerou que Barroso deve abandonar o plano para ser presidente não executivo do Goldman Sachs.
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O governante socialista considera a situação como um escândalo e afirmou que a ida de Durão Barroso para o banco de investimento é o pior serviço que um antigo presidente da Comissão Europeia (CE) pode causar à instituição, numa altura em que a Europa precisa de ser apoiada e reforçada.
"A contratação do antigo presidente da Comissão Europeia, Sr. Barroso, pelo banco de investimento Goldman Sachs é particularmente escandalosa tendo em conta o papel desempenhado por esse banco na crise financeira de 2008. Este caso levanta um problema de regras sobre o conflito de interesse que se deve aplicar aos antigos membros da CE e nomeadamente do seu presidente", afirmou.
O secretário de Estado francês para os Assuntos Europeus foi ainda mais longe: "Moralmente, politicamente, deontologicamente, é uma falha do Sr. Barroso. É o pior serviço que um antigo presidente de uma instituição europeia poderia fazer ao projeto europeu num momento da história em que deveria ser apoiado e reforçado".
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No fim de semana, foram muitas as críticas de França à ida de Durão Barroso para o Goldman Sachs. Uma delas veio do ministro para o comércio externo que disse que Barroso está a servir mal o povo e a servir-se a ele próprio. Este elemento do governo do PS francês definiu Durão Barroso como um
"obsceno representante de uma velha Europa".
Esta quarta-feira, também o comissário europeu Pierre Moscovici reconheceu que a ida para o Goldman Sachs não é ilegal, mas considera que decisão é má para a imagem da Comissão.