O comissário europeu reconhece que ida para a Goldman Sachs não é ilegal, mas considera que decisão é má para a imagem da Comissão.
Corpo do artigo
O ex-primeiro-ministro português Durão Barroso devia ter feito uma reflexão "política, ética e pessoal" quando foi contratado pelo Goldman Sachs, disse hoje o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici.
Em entrevista à estação de rádio francesa Europe 1, Moscovici admitiu que apesar de "não estar proibido", o ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso deveria ter feito uma "reflexão política, ética e pessoal" sobre os efeitos da contratação pelo banco Goldman Sachs.
Quando um político passa para o setor privado deve "pensar na imagem que projeta", acrescentou Pierre Moscovici, sublinhando que quando terminar o mandato que ocupa atualmente como comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros da União Europeia não vai para a Goldman Sachs.
Já ontem, o comissário europeu tinha dito em entrevista ao Liberation que " neste período de crise, quando o populismo quer dinamitar o ideal europeu e a instituição que o encarna, o recrutamento de Barroso pelo Goldman Sachs é chocante e alimenta os ataques contra a Comissão".
O banco de investimento, com sede nos Estados Unidos, anunciou no passado dia 08 de julho que Durão Barroso vai trabalhar na subsidiária Goldman Sachs International (GSI), em Londres.