O líder do grupo parlamentar do PS realçou a importância de se aprender com o que aconteceu em Pedrógão Grande e em Tancos e considerou que a liderança do CDS não sabe o que o país realmente precisa.
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"É muito importante aprender com o que vai acontecendo e o que não é desculpável é que o mesmo Governo cometa mais do que uma vez o mesmo erro. E isso certamente não acontecerá com o Governo liderado pelo doutor António Costa", sustentou.
À entrada para a apresentação da recandidatura de Vítor Figueiredo à Câmara de S. Pedro do Sul, Carlos César foi questionado pelos jornalistas se os incêndios de Pedrógão Grande e o furto de armas em Tancos podem fragilizar o Governo no debate do Estado da Nação.
"Muitas vezes diz-se que há um antes e um depois de Pedrógão e eu creio que isso é verdade. Depois de Pedrógão temos de ter consciência que os avanços que tivemos ao longo destes últimos dois anos não são ainda os avanços suficientes", referiu.
Segundo Carlos César, o país não está ainda dotado das estruturas e capacidades necessárias, do ponto de vista preventivo, para assegurar que este tipo de acidentes "tenham efeitos negativos menos salientes". "O país não está também capacitado, do ponto de vista da recuperação desses efeitos, para as empreender com a máxima diligência e com a máxima eficiência", concluiu.
O presidente do Grupo Parlamentar do PS considerou ainda que "as afirmações da doutora Assunção Cristas revelam que a liderança do CDS não sabe o que é que o país precisa. Quem apenas propõe demissões como alternativa neste processo é porque não sabe o que é preciso empreender e fazer", afirmou.
"Temos pena que o CDS se demita das suas responsabilidades preponentes e fique apenas acantonado numa estratégia destrutiva, mas para nós o que é importante é mobilizar as instituições, o poder local, os agentes socioeconómicos para que o país seja melhor e, no caso concreto dos incidentes de Pedrógão, para que essa reabilitação seja exemplar", referiu.