
Luís Montenegro
Miguel A. Lopes/Lusa
Luis Montenegro acusa António Costa e os "acólitos" Catarina Martins e Jerónimo de Sousa de quererem "ocultar a verdade sobre a CGD" e diz que as mensagens Domingues/Governo "não são privadas"
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O PSD voltou a exigir explicações ao Governo e a António Costa sobre os compromissos assumidos com António Domingues antes da nomeação para a Caixa Geral de Depósitos (CGD).
"O que é estranho é que o Primeiro-Ministro de Portugal esteja com tanto medo que a Assembleia da República queira descobrir a verdade. Ele os os seus acólitos, Catarina e Jerónimo, querem ocultar ao país a verdade sobre a Caixa Geral de Depósitos. Porquê? De que tem medo o Dr. António Costa? Porque não assume as suas responsabilidades em vez de querer dar o assunto por encerrado? Não! O Dr. António Costa deve explicações ao pais e ao Parlamento", defendeu o líder parlamentar do PSD.
O PSD e o CDS já anunciaram que vão propor a criação de modo potestativo (obrigatório) de uma comissão de inquérito para "ultrapassar o boicote democrático que PS, PCP e BE impuseram no Parlamento".
Questionado sobre se a eventual comissão de inquérito deverá ter acesso à troca de correspondência entre António Domingues e o Governo, Luis Montenegro considera que essas comunicações "não são conversas de amigos", e não privadas como defendem PS e a esquerda parlamentar.
"Elas não são privadas. Ou estão também, esses, a dizer que o Presidente da República cometeu uma inconstitucionalidade quando viu esses SMS; os amigos do Dr. António Domingues, um conselheiro de Estado (Lobo Xavier) que as mostrou ao PR, o Dr. António Costa que, ainda hoje é noticiado, viu esses SMS, o Prof. Mário Centeno, que é ministro das Finanças...Nós estamos a falar da troca de comunicações oficial, no âmbito de um processo negocial antes, durante e depois de uma equipa gerir o banco público, que é cem por cento detido pelo capital do Estado e portanto, gerido com o dinheiro dos contribuintes. Não estamos a falar de uma conversa de amigos, estamos a falar do ministro das Finanças a falar em seu nome e do PM para uma equipa que liderou a CGD", sublinhou o social-democrata.