Esquerda não pode "dividir-se em capelinhas". Ricardo Sá Fernandes aconselha Jorge Pinto a desistir por Seguro
À TSF, Ricardo Sá Fernandes, militante do Livre, considera que estas presidenciais é um dos casos em que "a aritmética se impõe" e, por isso, a esquerda deveria unir-se em torno de Seguro. Então, Jorge Pinto deve desistir? "Era mais útil a Portugal que ele e os outros candidatos à esquerda não fossem até ao fim"
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Ricardo Sá Fernandes, antigo dirigente e atual militante do Livre, apoia a candidatura de António José Seguro à Presidência da República e acredita que toda a esquerda o deveria fazer.
Em declarações à TSF, o advogado diz que é com convicção que apoia o antigo secretário-geral do Partido Socialista, um homem "equilibrado", com "valores de esquerda" e com "sentido de dignidade, de Estado".
E vai mais longe, assinalando que a esquerda não pode "dividir-se em capelinhas": Seguro é a "única pessoa" capaz de evitar que cheguem dois candidatos da direita ou um de direita e outro de extrema-direita à segunda volta das presidenciais, numa referência a Henrique Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes e André Ventura. Um cenário assim "nunca aconteceu na história da democracia portuguesa", acrescenta Sá Fernandes.
Questionado sobre se o Livre se precipitou a lançar Jorge Pinto na corrida presidencial, nome que deverá ser validado no referendo que está a decorrer no partido político de Rui Tavares, Ricardo Sá Fernandes afirma que o candidato apoiado pelo Livre "tem muito tempo para ser Presidente da República". Reitera que a melhor estratégia é apoiar o antigo líder do PS: "Há casos em que a aritmética se impõe."
Jorge Pinto, "um excelente quadro do Livre", "é que sabe" se deve ou não desistir da corrida a Belém. "Era mais útil à esquerda, ao partido e a Portugal que ele e os outros candidatos à esquerda não fossem até ao fim", remata.
