O que pesa na hora de decidir o voto? Debates "não são decisivos", sondagens "ajudam a perceber possibilidades"

Pedro Correia
No Fórum TSF, a investigadora Rita Figueiras aponta que o "processo de formação de opinião é lento, mas consistente" e, por isso, é importante que os candidatos vão aparecendo "aos poucos" na vida das pessoas
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A dois meses das presidenciais e numa altura que já começaram os debates nas televisões - esta terça-feira entre André Ventura e António José Seguro - Rita Figueiras, investigadora na área política e professora na Universidade Católica, defende no Fórum TSF que os debates são importantes, mas "não têm aquela função decisiva, como muitas vezes se quer aferir".
Ressalva, contudo, que, sendo o "processo de formação de opinião lento, mas consistente", o facto de existirem debates em vários dias permite que "o tema vá entrando aos poucos" na vida das pessoas.
Já as sondagens "ajudam a perceber quais são as efetivas possibilidades do candidato que mais se rejeita chegar à segunda volta e perceber quem é que tem maior capacidade de o derrotar".
"Quem é que eu posso escolher que mais capacidades reúne para excluir aquele que eu mais rejeito e que mais quero que não esteja na segunda volta? É algo que cada vez mais orienta também o processo de decisão, que é em função da rejeição, escolhendo quem tem maior capacidade de derrotar aquele que efetivamente não se quer."
Por exemplo, na sondagem de segunda-feira da Pitagórica para TSF/JN/TVI/CNN Portugal é Luís Marques Mendes quem lidera as intenções de voto nas Presidenciais de 18 de janeiro e quem surge como o candidato vencedor numa eventual segunda volta.
